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domingo, 27 de maio de 2012

PEDRO SIMON (PMDB-RS)


Simon pede mobilização para quebra de sigilo da Delta


O senador Pedro Simon (PMDB-RS) criticou, ontem, a demora da CPI em quebrar o sigilo da Delta Nacional e convocar governantes para esclarecer suas relações com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Ele também conclamou a juventude a acompanhar, na próxima terça-feira (29), reunião em que a comissão deverá votar requerimentos com esses objetivos.

Geraldo MagelaPedro Simon quer a convocação dos governadores suspeitos de envolvimento com Carlinhos CachoeiraPedro Simon quer a convocação dos governadores suspeitos de envolvimento com Carlinhos Cachoeira

"Jovens das chamadas redes sociais, terça-feira, às dez horas, vocês devem estar aqui, na frente do Senado, vocês devem vir aqui, porque a presença de vocês, com as mãos limpas, tornou-se realidade. Com a presença dos senhores, a Diretas Já se tornou realidade. Com a presença dos senhores, o presidente que tinha de ser afastado foi cassado. Com a presença dos senhores, a reunião de terça-feira abrirá as contas da Delta e abrirá as contas dos que devem ser policiados", disse Simon.

Na avaliação do parlamentar, depois das primeiras semanas de trabalho, a CPI "parece ter se afogado sem ter dado um único mergulho". Simon criticou os depoentes que ficaram calados diante dos membros da comissão, a passividade de parte dos que têm obrigação de investigar e também acordos denunciados na imprensa que visariam evitar a convocação de governadores à CPI.

O senador lembrou ainda a instauração de outras CPIs na história recente do país e afirmou que a corrupção só terminará com o fim da impunidade.

"O capítulo do dia são os pecados do Cachoeira. Que já foram os do tesoureiro da campanha; que já foram os dos anões do Orçamento; que já foram os dos sanguessugas das ambulâncias, dos precatórios, das privatizações, dos Correios, da compra de votos nos fundos de pensão, do mensalão, dos bingos, dos cartões corporativos. Tudo indica que outros capítulos virão, no rastro da impunidade que já se desenha, mal começada a CPI", lamentou.

Na avaliação de Simon, o investimento em educação é também um dos caminhos para mudar esse cenário.

"A educação leva a uma melhor escolha dos governantes que, sem a impunidade de agora, não se deixarão levar pelos acenos corruptores do poder", argumentou.



Roberto Gurgel
 
Pedro Simon afirmou que as respostas do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, à CPI do Cachoeira comprovam que ele tomou a decisão acertada ao sobrestar, em 2009, o inquérito da Operação Vegas, da Polícia Federal. Gurgel encaminhou explicações por escrito aos parlamentares sobre o episódio.

A operação, que apurou esquema de jogo ilegal comandado por Cachoeira, teve os autos enviados à PGR devido ao envolvimento de pessoas com foro privilegiado. Segundo Simon, convocar Roberto Gurgel, por suposta demora na denúncia contra parlamentares, é uma tentativa de desviar o foco da CPI.

"Quiseram fazer a CPI do procurador-geral porque ele ficou com o assunto parado, pois ele disse que ainda não tinha elementos para fazer uma denúncia concreta. E agora ficou provado que ele tinha razão. Foi a espera, foi a continuidade do que apareceu depois nas novas gravações que hoje tornou a situação do senhor Cachoeira insustentável", disse.



Fernando Collor acusa o procurador

O senador Fernando Collor (PTB-AL) afirmou, em discurso no plenário ontem, que a resposta por escrito enviada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, à CPI do Cachoeira comprova, de maneira "cabal", crime de prevaricação. Quarta-feira à noite, Gurgel afirmou à comissão que a Operação Monte Carlo demonstrou correção ao segurar, em 2009, uma investigação que apontava o envolvimento de parlamentares com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

A Monte Carlo, deflagrada no final de fevereiro pela Polícia Federal, revelou, na avaliação de Gurgel, indícios para pedir a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Demóstenes Torres e três deputados federais - elementos que não havia há três anos, quando recebeu a Operação Vegas.

Para Collor, a omissão do chefe do Ministério Público de não levar adiante a Vegas materializa o crime de prevaricação e, no mínimo, constitui ato de improbidade administrativa por não ter cumprido prazos previstos em lei para lidar com uma investigação

O senador disse que se Gurgel não tinha indícios contra pessoas de foro privilegiado, ele tinha as alternativas de pedir diligências, buscar mais informações, arquivar o caso em 15 dias, segundo o Código de Processo Civil, ou devolver o caso para a Justiça de primeira instância. Collor disse que a atuação do procurador-geral foi "criminosa".

"O fato é que o senhor Roberto Gurgel nada sobrestou; ao contrário, omitiu-se ou prevaricou, falhou com a verdade, ao afirmar a necessidade de se retomarem as interceptações telefônicas e outras diligências", afirmou. "No engavetamento da Operação Vegas, sem as formalidades legais, ou seja, com despacho de arquivamento, o procurador agiu de forma criminosa, já que um membro do Ministério Público que atua em qualquer entrância ou instância tem de agir nos estritos limites da legalidade", disse.

No discurso, Collor lembrou que os delegados responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo disseram que as duas investigações, ao contrário do que afirmou Gurgel, não tem ligações entre si. O senador já apresentou pedidos de convocação do procurador-geral e da mulher dele, a subprocuradora Cláudia Sampaio. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a subprocuradora disse que o MP tomou em conjunto com a PF a decisão de "segurar" a operação Vegas.



FONTE -  TRIBUNA DO NORTE

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