CPI quer explicação do procurador
Brasília
(AE) - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira aprovou
requerimento que pede informações, por escrito, ao Procurador Geral da
República, Roberto Gurgel, sobre como tomou conhecimento das operações
Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, e em que data. Pelo
requerimento, Gurgel tem o prazo de cinco dias para responder às
perguntas da CPI. A aprovação deste requerimento foi proposta pelo
relator da Comissão, Odair Cunha (PT-MG), em substituição a
requerimentos de convocação de Gurgel e da subprocuradora Claudia
Sampaio.
Dida SampaioFernando Collor insiste na convocação do procurador da República
"Sugiro que tenhamos um pouco de paciência. Se ele (Gurgel) não responder ou a resposta não for convincente, as razões para trazer o procurador e a subprocuradora estarão dadas", argumentou o senador Humberto Costa (PT-PE). "Esta CPI não vai blindar ninguém", completou ao petista. Em sua avaliação, tanto Gurgel quanto Claudia Sampaio tiveram uma postura "desrespeitosa" com o Congresso Nacional e a CPI. Gurgel acusou os defensores de sua convocação de estarem tentando intimidá-lo às vésperas do julgamento do mensalão.
A maioria dos governistas concordou com o requerimento com as explicações por escrito. A exceção foi o senador Fernando Collor (PTB-AL) e Sílvio Costa (PTB-PE), que defenderam a convocação imediata de Gurgel e Claudia Sampaio. A oposição também apoiou o requerimento para que Gurgel se explique por escrito no prazo de cinco dias.
Integrantes da comissão pedem que Gurgel explique o fato de não ter tomado providências ao receber, em 2009, o inquérito da Operação Vegas, que investigava prática de jogo ilegal e já mencionava o envolvimento de políticos.
Para os deputados e senadores, o procurador não precisa comparecer à comissão para prestar os esclarecimentos. Gurgel argumenta que, como acusador no caso, não pode falar em depoimento à CPI sob pena de ser afastado do processo. Em entrevistas, ele explicou ainda que não pediu a abertura de inquérito em 2009 porque não havia indícios suficientes de crime por parte de parlamentares. Na ocasião, as investigações foram suspensas pela mulher de Gurgel, a subprocuradora Claudia Sampaio (veja quadro nesta página). Os parlamentares entraram em acordo para não votar o requerimento de convocação da subprocuradora Claudia Sampaio e de Gurgel até que ele responda aos questionamentos por escrito.
O requerimento aprovado pela CPI contém cinco perguntas e dá ao procurador-geral um prazo de cinco dias para respondê-las. "Diante da nota da Polícia Federal publicada ontem e diante de notícias de jornal, entendemos que a CPI não pode ficar sem conhecer oficialmente a versão do Ministério Público. Não podemos acreditar que o órgão do Ministério Público vai dialogar conosco por meio de jornal", argumentou o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG). Em nota oficial, a PF negou que tenha pedido arquivamento de investigações, versão que foi dada pela subprocuradora Claudia Sampaio, segundo jornais.
No pedido de explicações, a CPI pergunta a Gurgel a data e em que circunstância chegaram à Procuradoria-Geral os autos da Operação Vegas. Os parlamentares perguntam ainda quais as providências tomadas na ocasião pelo procurador. Outra questão colocada no requerimento é a data de conhecimento da Operação Monte Carlo pelo procurador e as providências que foram tomadas em seguida.
FONTE - TRIBUNA DO NORTE
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